Ativista preso por Israel defende rompimento de relações 4s2j6r

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Thiago Ávila, integrante da embarcação que levava ajuda humanitária a Gaza, chegou nesta sexta (13) e declarou que Brasil deve se desligar da “ideologia odiosa” de Israel

Ávila chega no Aeroporto de Guarulhos. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Thiago Ávila, um dos 12 tripulantes da Coalizão Flotilha Liberdade, chegou ao Brasil nesta sexta-feira (13). O veleiro Madleen seguia para a Faixa de Gaza, em missão humanitária, e foi interceptado pelo Exército de Israel no domingo (8).

Após desembarcar em Guarulhos (SP), o ativista defendeu que o governo brasileiro rompa relações com Israel. Para Ávila, é urgente que o Brasil se desligue dessa “ideologia odiosa”.

Ele completou dizendo: “Tudo que eles têm são suas armas, seu ódio, seu exército”. Ao chegar ao aeroporto, ele se reencontrou com a mulher e a filha de sete meses.

Após a embarcação ter sido barrada por Israel, Ávila foi detido e encaminhado a uma cela solitária, onde ficou por dois dias. O ativista fez greve de fome na noite de terça-feira (10), em protesto contra o seu sequestro pelas forças israelenses.

No domingo (8), Ávila denunciou que o grupo de ativistas — entre os quais estavam, também, a sueca Greta Thunberg — corria “risco de vida concreto” e que Israel estava “prestes a cometer um novo crime de guerra”.

O grupo recebeu assistência das embaixadas de seus respectivos países. Nesta quinta-feira (12), o governo brasileiro emitiu nota, por meio de seu Ministério de Relações Exteriores, confirmando “com satisfação” a libertação do ativista.

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O comunicado dizia, ainda que desde a interceptação, o MRE, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, “atuou de modo a garantir a segurança e a integridade física do brasileiro. Manteve, igualmente, contato frequente com seus familiares no Brasil, de modo a informá-los acerca do estado de saúde do brasileiro e das perspectivas de sua libertação e retorno”.

Além disso, o ministério apontou que “no contexto da gravíssima situação de calamidade humanitária na Palestina ocupada, e em especial na Faixa de Gaza, cuja população sofre com fome e desnutrição generalizadas decorrentes do bloqueio imposto por Israel, o Brasil insta o governo israelense a permitir o o imediato e sem restrições de alimentos e itens básicos de subsistência na Faixa de Gaza, em linha com as obrigações impostas pelo direito internacional humanitário”.

Com agências