Ativista brasileiro preso por Israel recusa deportação e faz greve de fome 1s5r6o
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Thiago Ávila, detido durante missão humanitária a Gaza, desafia autoridades israelenses e mobiliza resposta diplomática do governo brasileiro
Publicado 11/06/2025 12:35 | Editado 12/06/2025 16:34

O ativista brasileiro Thiago Ávila, integrante da Flotilha da Liberdade, está em greve de fome em um centro de detenção israelense após ter sido preso durante uma missão humanitária à Faixa de Gaza. Ávila se recusa a ser deportado, exigindo que sua detenção ilegal — feita em águas internacionais — seja reconhecida como uma violação do direito internacional.
O veleiro “Madleen”, em que ele viajava com outros ativistas, transportava suprimentos para a população de Gaza, assolada por fome e desnutrição em meio ao prolongado bloqueio imposto por Israel. O governo brasileiro repudiou a interceptação da embarcação e exigiu a libertação imediata do ativista.
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Segundo nota do Ministério das Relações Exteriores, a Embaixada do Brasil em Tel Aviv acompanha diretamente o caso. Após a prisão, Ávila teve audiência com uma juíza do Tribunal de Revisão de Detenção e, mesmo diante da possibilidade de repatriação, optou por permanecer preso para denunciar a ação israelense. Sua esposa, Lara Souza, foi recebida em Brasília por autoridades diplomáticas, acompanhada por parlamentares.
O Itamaraty reforçou que a interceptação da flotilha constitui uma grave transgressão às normas internacionais e criticou as severas restrições impostas à entrada de alimentos e ajuda básica na Faixa de Gaza. O governo brasileiro exige que Israel preserve a integridade física e a saúde de Thiago Ávila enquanto estiver sob custódia.
A situação de Ávila amplia a pressão diplomática sobre Israel e reaquece o debate global sobre o cerco humanitário imposto aos palestinos. O gesto radical do brasileiro, abrindo mão da própria alimentação em nome da causa palestina, lança luz sobre o custo humano de um dos conflitos mais complexos e persistentes do cenário internacional.
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com agências