Ciro Gomes diz que governador do Ceará “tem que ser alguém que nunca foi” 6l5913

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O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PSB), disse que irá conversar com o presidente Lula antes de deixar a pasta, como pediu seu partido. “Eu disse a eles (correligionários) que não podia concordar imediatamente porque dependia de uma reflexão q

A declaração foi dada durante sessão especial da Assembléia Legislativa, que teve palestra do presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB), sobre "Parlamento, Democracia e Desenvolvimento Nacional".

Ao ser questionado se já existia um nome para o substituir na pasta, o ministro disse que a escolha é exclusiva do presidente Lula. Ciro é um dos cotados para ser candidato a vice de Lula nas eleições deste ano, mas minimiza a discussão. O ministro disse que seu desejo eleitoral é "talvez pedir ao povo do Ceará oportunidade para representá-lo como deputado federal".

O ministro garantiu que não há constrangimento caso o seu grupo, historicamente ligado aos tucanos no Ceará, tome um rumo diferente do grupo do senador Tasso Jereissati (PSDB). Ciro lembrou que, em 1998, foi candidato a presidente contra Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo o ministro, na época, Tasso conversou com ele para dizer que teria que apoiar FHC.

Ciro contou que não tomará qualquer decisão sem conversar antes com Tasso. "Eu não daria nenhum o aqui sem uma conversa franca, fraterna e direta com ele", declarou. Irmão de Ciro, o ex-prefeito de Sobral Cid Gomes será o provável adversário do governador Lúcio Alcântara na disputa ao governo.

"Governador tem que ser alguém que nunca foi", disparou Ciro, ao negar a possibilidade dele se candidatar a governador do Estado. Ele argumentou que as conversações hoje estão em "banho maria". "Na legislação, a verticalização fica ou sai? Isso não é trivial", afirmou.

Aproveitando a visita à Assembléia, Ciro conversou a portas fechadas com seus correligionários no gabinete do irmão Ivo Gomes (PSB), deputado estadual. Estavam presentes os deputados Mauro Filho, José Albuquerque, Antônio Granja, Welington Landim e José Sarto.

O ministro disputou a atenção com o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, que ministrou palestra durante sessão na Assembléia e aproveitou para um pacto de cooperação entre a TV Câmara, de Brasília, e a TV Legislativa, do Ceará. Na ocasião, o presidente da Câmara negou a existência de um "acordão" para a absolvição de deputados federais acusados de participação no escândalo do mensalão.

"Não tem como se fazer acordo na Câmara sem que as pessoas fiquem sabendo. Não consegui identificar a questão porque um acordo para absolver ou para ar tem que envolver pelo menos 257 deputados", argumentou. Antes de sua visita à Assembléia, Rebelo se encontrou com a prefeita Luizianne Lins (PT).

Fonte: O Povo